O tratamento com crianças deve ser divido pelas importantes fases de evolução.
Não devemos tratar nossos alunos kids como mini adultos, por mais que tenha uma boa desenvoltura, facilidade em desenvolver movimentos e a coordenação diferenciada.
A criança espera receber um tratamento voltado à ludicidade, desenvolvimento motor, reflexo, lateralidade e principalmente socialização.
Já o pai, além disso, está em busca de disciplina, respeito, autoconfiança, doutrina entre outros benefícios que a Arte Marcial conduz a todo seu praticante independente da idade.
A criança que vimos hoje em pequenos vídeos, batendo manoplas, aplicando técnicas avançadas, exibindo de muita agilidade e variações de golpes, chamadas de prodígios, são crianças que detém grandes talentos, porém estão prestes a sair da prática esportiva na adolescência ou chegando à fase adulta, por não respeitar as fases de aprendizagem didaticamente corretas. Isso pelo fato de se exigir muito mais de uma perfeição técnica e treinamentos rigorosos, deixando de lado muita das vezes à parte lúdica e descontraída das aulas, que são de suma importância.
Devemos sempre ter o domínio de nossas crianças, tendo em nossas aulas um momento de reflexão para atividades externas da academia. Isso ajuda na parte disciplinar com seus pais. Exemplo claro é na alimentação, incentivar uma criança a comer “alimentos verdes”, já se forma um objetivo dentro do cotidiano em sua casa, mudando seu hábito alimentar.
Assim sendo, nos estudos, respeitar pai e mãe, compartilhar seus brinquedos, economizar luz e água (sustentabilidade) e assim vamos moldando o caráter de nossas crianças.
Hoje nas academias de lutas que envolvem crianças, temos que entender que cerca de 20% ensinamos Artes Marciais e 80% nós passamos educação.
A fase de 4 à 6 anos por exemplo é o que mais precisamos absorver em nossas academias, por que a concorrência é muito pouca, são poucos profissionais habilitados a desenvolverem um trabalho sólido e com qualidade.
Tenham uma boa aula e invistam em quem é o futuro do nosso país.
Por Warner Hammerle
Em 04/04/2016